Enfermeira foi condenada a 10 anos de prisão e vigilante a 25 anos pelo assassinato do padrasto dela em Quixeramobim (CE) 

A enfermeira Kilvya Mara Barbosa Fernandes e o vigilante Francisco Claudenir da Silva Gomes foram julgados nesta terça-feira, 6 de agosto, pelo Tribunal do Juri da Comarca de Quixeramobim pelo assassinato de Luís Carlos Lira Maciel, conhecido como “Guril”. Ele era padrasto da enfermeira. A mãe de Kilvia Mara também foi acusada de participação no crime.

A sentença da enfermeira e do vigilante foi anunciada já por volta da meia-noite. Kilvya Mara foi condenada a 10 anos de prisão, em regime fechado, pela autoria intelectual do crime, e Francisco Claudenir a 25 anos, também em regime fechado, pela autoria material do homicídio qualificado.

O crime se consumou na noite de 31 de maio de 2022, à margem da rodovia CE-060, na localidade de Uruquê, na zona rural de Quixeramobim. “Guril” foi chamado pela própria filha para o “cheiro do queijo”. Kilvia Mara simulou que estava com o carro em pane e pediu ajuda ao padrasto, que foi ao local informado por ela. Quando ele chegou foi surpreendido e executado com tiros na nuca.

O trabalho de investigação foi realizado pela equipe da Polícia Civil de Quixeramobim. Conforme informações do investigador responsável, o crime começou a ser desvendado a partir da análise de câmeras de vídeo-monitoramento do sistema SPIA, da Secretaria de Segurança Pública do Estado. O carro da enfermeira e a motocicleta do vigilante foram rastreadas. Ela foi a primeira a confessar o crime.

Kilvia Mara trabalhava no Hospital Municipal de Quixeramobim Dr. Pontes Neto. Ela e a mãe enfrentavam dificuldades financeiras e deviam dinheiro à vítima. A maneira encontrada por ela para quitar a dívida foi “eliminar” o credor. 

Nas investigações os policiais civis descobriram que a enfermeira conheceu o "pistoleiro" através de uma amiga, mas ela não informou quanto ou como pagou pelo "serviço". 

A Polícia Civil de Quixeramobim disponibiliza o fone e WhatsApp 88 9 9920 6800 para recebimento de denúncias para o combate ao crime. O sigilo da informação é garantido.