Atualmente 55 açudes públicos cearenses estão vertendo água e outros 14 já atingiram 90% da capacidade
Ainda faltando um mês e meio para o encerramento da quadra chuvosa no Ceará, 55 açudes púbicos estão vertendo água, ou “sangrando”, como é popularmente denominado o transbordo.
Outro fato positivo é o volume já acumulado em outros 14 reservatórios; estão com carga hídrica de 90% da sua capacidade. Esses números representam 50% de reservas no Estado.
Outro dado importante fornecido pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) é o volume acumulado no ano, 9 bilhões de metros cúbicos, superando os números de 2023.
As últimas sangrias registradas, nesta quinta-feira (11), foram as dos açudes Pesqueiro e Malcozinhado, na região Metropolitana de Fortaleza, e o açude Do Coronel, em Antonina do Norte.
Entretanto, na bacia hidrográfica dos Sertões de Crateús, a realidade é outra. A região possui menos de 23% de capacidade hídrica acumulada. Além disso, outros 29 reservatórios do Ceará contam com volumes abaixo de 30% de sua capacidade, evidenciando as características do clima semiárido cearense, com chuvas distribuídas de forma irregular no tempo e espaço.
Sertão Central
No Sertão Central, em Quixadá, o Açude Pedras Brancas, de onde é captada a água para abastecer a cidade, acumula 26,84% da sua capacidade; e o Açude Cedro está com 2,44%; em fevereiro passado estava com 0,66%, mas atualmente tem função apenas turística.
O terceiro maior açude do Estado, o Arrojado Lisboa, em Banabuiú, está com 39,14% de água, e no município vizinho, Quixeramobim, o Açude Fogareiro e a Barragem estão sangrando.
De 2015 a 2017 Quixeramobim enfrentou um colapso d’água. O Fogareiro secou, a Barragem, também, sendo necessário a instalação de uma adutora para abastecer a população, com água do Açude Pedras Brancas.